Biblioteca Amélia anexa ao palácio de James Mason

Uso: 

A Mina de S. Domingos recebia na década de 1880 bastantes mais periódicos que a própria sede de concelho. A biblioteca anexa à casa do director recebia "la pluspart des journaux du pays et les principaux étrangères."
Fonte: JOAO CARLOS GARCIA-A NAVEGAÇÃO NO BAIXO GUADIANA DURANTE O CICLO DO MINÉRIO (1857-1917)

Estado: 
Remodelado para outro uso
Localização: 

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Observações: 

(...)Os volumes estão actualmente alojados no Hotel Mina de Santo Domingos, num quarto chamado "Biblioteca Amélia", nomeado após a visita da esposa do Rei Carlos I de Portugal (1863-1908) que reinou de 1889 a 1908.
Embora no caso dos volumes na biblioteca de Minas de Riotinto a maior parte do legado tenha sido encomendada e esteja a cargo da Biblioteca da Universidade de Huelva, os livros que ainda existem neste hotel na Mina de Santo Domingos são recolhidos nesta biblioteca em quatro prateleiras que albergam e misturam volumes antigos com livros modernos para consulta por visitantes e hóspedes do hotel. Não há catálogo ou ordem bibliográfica específica por lista do que o hotel tem para oferecer.
Fonte: "Las bibliotecas victorianas en las cuencas mineras del suroeste peninsular: huelva y alentejo (siglos xix-xx) (arias montano)
de Maria Dolores Carrasco Canelo

Esta biblioteca está localizada no que outrora foi a Casa da Administração e parece à primeira vista ser uma biblioteca privada do director geral ou proprietário da empresa, James Mason, uma vez que a maioria dos livros são assinados por ele e/ou dedicados pelos seus familiares (como evidenciado no catálogo acima). Dos restos das placas de livros em muitas delas, pode afirmar-se que, dada a localização actual, livros de diferentes bibliotecas ou salas de leitura, tais como a biblioteca pessoal do director geral, a biblioteca técnica da empresa mineira (uma vez que muitos livros têm um selo do que era a sua secção técnica que diz "secção technica Mina S. Domingos") e a biblioteca recreativa da comunidade estrangeira do Clube. Há provas de uma peculiar heterogeneidade que, sem qualquer arranjo ou catalogação, permaneceu como um legado inglês em Portugal.