Situação sanitária em 1883:
O serviço sanitario para o pessoal da mina está a cargo de um facultativo , um pharmaceutico , um enfermeiro e uma enfermeira .
O facultativo todos os dias, a hora fixa, dá consultas gratuitas ao pessoal da mina que precisa dos seus serviços. Es las consultas prolongam-se por uma hora a duas, e são dadas no hospital.
Os doentes, que não podem ir procura-lo ali, são visitados duas vezes por dia em suas casas. O facultativo tem a liberdade de dar consultas em sua casa a todos os doentes estranhos á mina, que o venham procurar. O hospital é uma espaçosa construção, com três grandes salas bem ventiladas, destinada para o tratamento de todos os ferimentos recebidos nos trabalhos da empresa. Junto ao hospital está a farmácia. Tanto a farmácia como o hospital estão sob a direção do facultativo. A assistência do medico e os medicamentos são gratuitos para todo o pessoal empregado pela empresa e para suas famílias. Quando algum empregado ou operário tem a sua família fora da mina o facultativo tem obrigação de ir visitar qual quer doente d'essa família no sitio onde resida, contanto que não haja outro facultativo mais próximo d'aquela localidade, e pagando-lhe o interessado os emolumentos usuais em harmonia com a distancia. Para tratamento de moléstias contagiosas existe um lazareto construído a certa distancia da mina. A alimentação dos operários feridos, no hospital, é feita á custa da empresa. Quando saem já convalescentes recebem um subsidio diário até estarem aptos para trabalhar. Estes subsídios são concedidos á vista de informação escrita do facultativo, e são ordinariamente de 200 réis. Afora estes subsídios de convalescença, a empresa concede pensões, maiores ou menores, a todos os operários que se inutilizam no trabalho da mina, e bem assim às viúvas e órfãos dos operários falecidos. Os estropiados também são empregados nos serviços que melhor podem desempenhar, continuando assim a ganhar o suficiente para se sustentarem. Todas as medidas higiénicas necessárias para melhorar ou conservar o bom estado sanitário da povoação são aconselhadas pelo facultativo e da sua competência especial.
Hospital localizado perto das cortas, construído em 1875, com duas enfermarias de 10 camas cada uma, sala de operações, gabinete médico, sala de espera e farmácia anexa. Faziam operações e tratavam os ferimentos recebidos no trabalho. A sua ação estendia-se também às famílias dos mineiros.
Um dos médicos residia habitualmente em Lisboa indo à Mina operar uma vez por quinzena. Outro médico, residia em São Domingos e prestava assistência aos doentes. Havia consultas gratuitas, no hospital, todas as tardes das 14h às 17h. Em caso de necessidade fazia visitas domiciliárias.
Médico - João Maria Valente
Médico Carlos José Moreira
Médico - José Dominguez Medero
Médico - António Maurício de Vargas
Médico - Francisco António Valente da Rocha
Médico - José Maria Santos Rola
Médico - Viriato Delgado Farinha
Médico - José dos Santos Martins
Médico - Armando José Rocheta Cassiano
Enfermeiro Chefe - José João Pinto
Enfermeiro - Bento Margalho
Enfermeiro - F. Raposo
Enfermeiro - António Mendes Gomes
Enfermeira - Ana Simões Pina
Enfermeiro - António Tente e Silva
Enfermeiro - Octávio da Silva Pinto Guerreiro
Enfermeiro - Mario Silva Cruz
Enfermeira - Antónia Rodrigues Madeira
Parteira - Aura Reis Neves Pio
Parteira - Maria Severiana de Andrade
Parteira - Esmeralda Brigida Tarracho
Parteira - Deolinda Maria Gonçalves
Parteira - Amélia Marques Aleixo
Ajudante de Enfermeiro - Maximiano Ribeiro
Ajudante de Enfermeiro - António Martins Garvão
Ajudante de Enfermeiro - Francisco Pereira Batista
Auxiliar de enfermagem - Jacinto Bento Teixeira
Escriturário - José Francisco de Jesus
Serviço Geral - Manuel Leandro Revez
Serviço Geral - António Leandro Revez
Serviço Geral - Ildefonso Rodrigues Geraldo
Serviço Geral - António Simão Salvador
Parteira - Alda Cabecinha