"A sede da Casa do Povo de Santana de Cambas era até há pouco (anos 50) um pardieiro com cinco ou seis divisões. Hoje, permanecem do no mesmo edifício alugado por cento e quarenta escudos ao mês (sem contrato escrito), tornou-se alegre, fresca, atraente sem favor. E, no entanto, para essa obra geral de limpeza, caiação, substituição de portas velhas e dos pavimentos, a Casa do Povo apenas gastou 2.197500 além de 2.578$00 em móveis. O resto foi conseguido em materiais que o presidente da Direção pediu a várias organizações comerciais, com êxito que prova lista seguinte dos donativos recebidos:
180 metros de linhagem para os tetos; 2. 32 m de mosaicos para pavimentos; Madeira no valor de mil e tantos escudos; 25 sacos de cimento.
Além disto, o organismo conseguiu, a título precário, terreno para um campo de futebol e tem já promessa de doação de 2.500 m de terreno para a construção de sede própria, assim como de realização gratuita do projecto para a mesma (conviria talvez que a Direcção conseguisse desde já a efetivação da 1ª promessa).
Situa-se esta Casa do Povo numa região bem caracterizada do Alentejo: solo extremamente pobre e subsolo rico (as minas de S. Domingos ficam nesta e na freguesia vizinha). Daqui resulta no só rendimento muito débil da propriedade agrícola, que se reflete na fraqueza das receitas do organismo, mas também reduzida parte da população ocupada na agricultura e suscetível, portanto, de cair sob a ação da Casa do Povo,
Isto explica que, sendo a população da Freguesia de Santana de Cambas, que o organismo abrange, de cerca de 6.000 habitantes, distribuídos por 1.300 Fogos, a casa do Povo tivesse inscritos em 1957 apenas 290 sócios efetivos.
Na verdade, as minas empregam uns 770 homens da freguesia de Santana de Cambas.
José Afonso Ribeiro
Joaquim Bento Rodrigues
Francisco Gregório Geraldo Rodrigues
Domingos Viegas
Jacinto António Valadas
Manuel Dourado
Manuel Gonçalves Carrasco
António Colaço Romana
Manuel Medeiros Palma
Subsidio pare despesas de operação cirúrgica- Quando o sócio efetivo tem de se deslocar para este fim fora da freguesia, é-lhe concedido um subsídio de setenta e cinco escudos. Se o socio precisa de se deslocar a Faro ou a Beja, para consulta a especialista, dão-lhe o mesmo subsidio depois de ele apresentar recibo da consulta a donde que esta tenha sido recomendada pelo médico da C. do P.
A Direção atual iniciou uma série de palestras culturais, tendo sido feitas quatro subordinadas aos seguintes temas: "Assistência Social e Médico-Social" em 1/12/56, polo Dr. Viriato Delegado Farinha; "Comunismo e Cristianismo" em 5/12/56, pelo Rev. Padre José da Cunha Carvalho; "O Corporativismo em ação no Distrito de Beja", em 14/5/57, pelo Dr. Adalberto Malaquias Pereira da Silva; " Desporto e a Juventude", em 30/6/57, pelo Prof. José Esteves.
Ultimamente, a Casa do Povo conseguiu também a colocação de 30 trabalhadores rurais não obras da barragem do Maranhão, através da Comissão Coordenadora do Obras Públicas do Alentejo. (Inspeção ordinária realizada em 1958)
António Guerreiro Rosa
António Borges Valente
Xencora Ramachondra Sinai Nadkarni https://cemsd.pt/node/6174
Viriato Delgado Farinha https://cemsd.pt/node/3192