Poema Ò Mina terra sagrada de Manuel Pires Paulino

Ano: 
1967
Descrição: 

0 Mina Terra Sagrada
Em Tempos que Já lá vão
Do que Tinhas não Tens nada
Houje és uma Solidão

De Manhã à Alvorada
Para Começo do dia
Era Sempre uma Alegria
Para Toda a Rapaziada
Uns iam para Achada
Outros para a oficina
Outros para a Contramina
O Mina Terra Sagrada

Aos Domingos na Tapada
Passavam-se bons Bocados
Também se Cantavam Fados
e cantos à Desgarrada
à Bela Sardinha Assada
Não Faltava o Garrafão
Veja como as Coisas são
Do que tinhas não tens nada

Para a nossa Distração
Havia Sociedades
Passavam-se boas Tardes
Sempre na boa União
Naqueles dias de Verão
Ir ao jardim passear
Ouvir a Banda Tocar
Em tempos que já lá vão

Pois Digo com Presunção
Foste una Terra de fama
Houje toda a Gente Clama
A tua Situação
E não Havia Razão
Para tal Acontecer
Eu Tenho Ouvido Dizer
Houje és uma Solidão.

Autor: Manuel Pires Paulino 2-5-1967