Malária Control at Mina de S. Domingos-1930

Ano: 
1930
Autor: 
Francisco António Valente da Rocha
Editor: 
Instituto Bacteriológico Camara Pestana
Descrição: 

O estudo da malária na Mina de S. Domingos
"Seria então no ano de 1929 que Annibal de Bettencourt orientaria o médico F. Rocha no estudo da malária na Mina de S. Domingos, local onde este médico exercia a sua actividade clinica e onde se verificariam os resultados dos primeiros trabalhos de campo aplicados em Portugal para erradicar a malária. Os resultados deste trabalho terão sido considerados de tal importancia que seriam os primeiros, relacionados com o estudo da malária, a serem publicados nos Arquivos do Instituto Bacteriológico Camara Pestana sob o titulo «Malária Control at Mina de S. Domingos»."

Francisco Rocha, após a elaboração deste trabalho chegaria às seguintes conclusões:
“ 1- A Malária na Mina de São Domingos que era uma doença predominante teve um predominante decréscimo, a percentagem de casos de infecção diminuiu de 22% em 1877 nos meses mais altos para 0,8% em 1925.
2 – Não se deram mais mortes atribuídas à Malária.
3 – A malária já não existe na sua forma severa.
4 – A construção de grandes barragens nos anos de 1870 e 1873 e o seu grande abastecimento com peixes, a substituição de água fresca por licores minerais no rio Chumbeiro, o grande número de poças que foram cheias em 1875 até à presente data, e a distribuição de parafina duas vezes por semana desde 1921 sobre quaisquer poças existentes trouxe os resultados atrás mencionados.
Dez anos mais tarde Francisco Rocha voltaria a realizar estudos epidemiológicos dirigidos à malária nesta mina. O intuito foi de mostrar “a evolução da malária em dez anos (1927-1936) e o trabalho profiláctico continuado realizado.”68 Chegaria às conclusões seguintes:
“ 1 – Durante este período de 10 anos a percentagem de malária na Mina de S. Domingos, que começou a subir gradualmente até atingir os 3.1% durante os meses de maior número de casos em 1932, de novo começou a diminuir até aos 0.5% durante os meses do maior número de casos no ano de 1936.
2 – A malária nesta região continua a ser uma doença “mild”, ao contrário de outros tempos.
3 – Os trabalhos profilácticos aplicados neste período melhoraram durante os 2 últimos anos.
4 – É possível manter os níveis de incidência da doença num nível razoavelmente baixo desde que se continuem a realizar os necessários trabalhos profilácticos.

(A IMPORTÂNCIA DO INSTITUTO BACTERIOLÓGICO CÂMARA PESTANA NA LUTA ANTI-SEZONÁTICAEM PORTUGAL
João António Domingos Gama TESE DE MESTRADO EM HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS DA SAÚDE)

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