Colónia balnear infantil de Mértola

Data da Fundação: 
1951-??-??

COLÓNIA BALNEAR INFANTIL DE MÉRTOLA RELATORIO E CONTAS DO EXERCICIO DE 1954-
O RELATÓRIO que temos presente, respeitante ao 5.° ano de funcionamento de uma instituição que é sob todos os aspetos, altamente louvável, apresenta-nos alguns números muito expressivos, Mostram-nos, por exemplo, estas contas, referentes a um ano de atividade meritória, que, com uma despesa de 64 contos (um pouco aquém das receitas, que totalizaram 64.094$20), foi possível proporcionar a 256 crianças, das diversas freguesias de Mértola, o benefício de uma permanência na Praia, que doutra forma, a, sua condição de filhos de humildes trabalhadores rurais não permitiria. E grato constatar, de ano para ano, o aumento do número de crianças que frequentam a Colónia, pois, sendo de 150, em 1952, aumentou para 205 e 256, respetivamente, em 1955 e 1954. Neste relatório, que a Comissão da Colónia agora apresenta, faz¬-se uma minuciosa discriminação que das receitas (constituídas por produtos de festas, subsídios, donativos em dinheiro e em géneros, etc.) quer das despesas, além de outras bastante elucidativas da vida da Colónia e dos benefícios colhidos através do seu funcionamento, que vão desde o número de refeições servidas (num total de 25.127) até a um mapa em que se dá conta do aproveitamento dos estagiários (submetidos a cuidadosa observação clínica) através das alterações de peso: Fazemos votos para que a Colónia Balnear Infantil de Mértola possa prosseguir na obra meritória que "em desenvolvendo" e que só é possível graças à generosa dedicação de um reduzido grupo de pessoas, em que se salientam os componentes da sua Comissão Administrativa, srs. Eduardo José Raposo, ilustre presidente da Câmara Municipal daquela, dr. Manuel Francisco Gomes, dr. Matias da Palma, dr. Fernando Castanheira Neves, António Passos de Lima e José Rodrigues Palma Júnior.
(Noticia do jornal Noticias do Algarve-ano 1955)

RELATÓRIO DA Colónia Balnear Infantil de Mértola
RESPEITANTE AO ANO DE 1958

Ao publicarmos os relatórios respeitantes às actividades da Colónia nos anos de 1958 e 1959 e antes de entrar na análise do movimento assistencial quero, numa pequena introdução explicar as razões que levaram esta Comissão à não publicação do relatório de 1958 no tempo devido.

Como se sabe a Colónia Balnear Infantil de Mértola é uma Instituição de Assistência que vive exclusivamente dos subsídios do Estado e entidades oficiais e dos donativos dos particulares.

Não tem rendimento de bens próprios nem qualquer outra receita certa. Quando os subsidios são menores e quando os donativos não correspondem às necessidades da população da Colónia vemo -nos em sérias dificuldades para solver todos os encargos contraidos. Foi o que aconteceu no ano de 1958 e o que se passou em1959.

Como o tempo foi passando protelou-se a publicação do re latório de 1958 a fim de ser possivel não apresentar saldo negativo.

Na verdade chegou-se ao fim daquela época balnear e conseguimos não ter saldo negativo mas à custa de tempo, trabalho e canseiras.

Chegada uma altura avançada deliberou-se publicar os d relatórios conjuntamente o de 1958 e 1959. E para cumpimento desse dever de consciência, dar a nhecer a todos os contribuintes da Colónia o seu movimento

que vou publicar este relatório.

Continua sem solução o problema do alojamento condign para as crianças estagiárias. Conforme se tem frizado em rela tórios anteriores, a casa alugada não oferece as condições in dispensáveis para a comodidade das crianças, além de que encargo anual com a renda é muito elevado.

A melhor solução do problema está, pois, na construção dum edificio próprio, onde todos os compartimentos ofereceriam a garantia de salubridade e conforto para as crianças filhas de trabalhadores rurais do Concelho de Mértola.

Faço votos que num futuro próximo seja de encarar a possibilidade desta construção e que a Direcção Geral de Assistência comparticipe desta obra.

Monte Gordo continua a ser a praia preferida, uma vez ser a que fica mais próximo de Mértola e a que oferece melho res condições já que dispõe dum pinhal, onde as crianças pas sam as tardes. A par dos ares maritimos têm possibilidades de respirar os ares vindos dos pinheiros, o que só as favorece. A orientação deste relatório é a dos anos anteriores por não haver razão para modificações. Apresento a seguir um mapa da receita e despesa.

Localização: 

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