CEMITÉRIO INGLÊS THARSIS
As minas de Tharsis são conhecidas desde a antiguidade, na época contemporânea foi uma empresa com capital francês que em 1855 fundou a "Compagnie de Mines de Cuivres d'Huelva" para a sua exploração. Após alguns anos, foi decidido ceder a empresa e foi em Dezembro de 1866 quando uma empresa britânica, mais especificamente escocesa, tomou posse das minas de Tharsis e La Zarza. A nova empresa acabaria por ser chamada The Tharsis Sulphur and Copper Company Limited.
Foi empreendida a construção de uma série de edifícios, principalmente para uso dos empregados escoceses.
Entre estes edifícios estava a construção de um cemitério protestante, segundo o modelo de um cemitério britânico.
O último enterro data de 1988 e a lápide diz "Em memória querida de Phyllis Tracey Gray".
Apelidos como Gordon ou Crossman ainda podem ser lidos nas cerca de trinta sepulturas, que conseguiram sobreviver ao estado geral de deterioração que este cemitério tem sofrido ao longo dos anos.
O cemitério inglês é a prova de como uma sociedade pode viver dentro de outra sem se misturar com ela e manter a separação mesmo após a morte.
"Aquela colina, notável pela sua elevação e pela vasta paisagem campestre que tem vista, ainda se chamava Sierra Tarse. Este nome era uma revelação; aos pés da colina passaram os vestígios ainda notáveis de uma vasta aldeia antiga, aquela aldeia era Tharsis, a Tharsis fenícia, a Tharsis do Hiram. Vi desenvolver-se diante dos meus olhos restos colossais da exploração do passado... Ernest Deligny, Março de 1853
