CAMPEONATO NACIONAL DA III DIVISÃO ANO 1955-ZONA D- S. DOMINGOS, 2 -.LUSITANO, O-

Ano: 
1955
Descrição: 

Para a segunda jornada da segunda fase do Campeonato Nacional da III Divisão, defrontaram-se, na Mina de S. Domingos, as equipas de honra do Lusitano F. C. e do S. Domingos F. C., as quais alinharam da maneira seguinte:

Lusitano: Balbino; Lopes, Sanina e Pescada; Agostinho e Natércio; Almeida, Araujo, Antunes, Rola e Modesto.

S. Domingos: Zarcos; Lopes, Martins e Cipriano; Fernandes Teixeira; Rogério, Aleixo, Valentim, Brás e Marques.

O triunfo do grupo alentejano foi bem merecido. Os seus jogadores foram, de longe, mais voluntariosos que os nossos conterrâneos e procuraram sempre ligar os seus esforços, numa manifestação louvável de espírito de colaboração.

Os vilarealenses jogaram abaixo das suas possibilidades e, além da sua fraca inspiração técnica, mostraram-se pouco entusiasmados para tentarem alterar o desenrolar desvantajoso dos acontecimentos.

O Lusitano teve, realmente, uma tarde infeliz. Os avançados poucas vezes conjugaram os seus movimentos e os médios nunca foram elementos à altura das necessidades. A defesa foi o compartimento que melhor actuou com os seus componentes a resistirem aplicadamente à agressividade dos visitados. O S. Domingos construiu a vitória no primeiro tempo, tendo os seus golos sido marcados pelo extremo direito e interior da mesma ala, em seguimento à marcação de dois cantos.

Quando cerca dos 20 minutos do início, Almeida concluiu uma boa avançada atirando um fortissimo remate que esbarrou na trave, chegámos a admitir a hipótese de uma viragem no decurso da partida. O marcador acusava, então, 1-0 e o Lusitano parecia disposto a reagir à pressão contrária, através de uma melhor movimentação global. Todavia, acabámos por verificar que tal facto era apenas uma breve, frouxa e impotente tentativa de despertar da sua modorrenta letargia.

Esperemos que, de futuro, os componentes da equipa de honra do Lusitano se mostrem mais compenetrados das responsabilidades inerentes à representação da colectividade, que, tendo um passado brilhante, é digna de um pouco mais de dedicação. E confiemos também que se saiba corrigir algumas das principais deficiências de conjunto que a equipa denuncia claramente em todos os seus jogos. (Noticias do Algarve 1955)