João António Zink

Nome do Pai: 

Paulo Zink

Nome da Mãe: 
Data de Nascimento: 
1854-??-??
Data de Baptismo: 
1855-06-22
Local do Registo: 
Encarnação
Distrito / Pais (se for estrangeiro): 
Lisboa
Concelho: 
Lisboa
Freguesia: 
Encarnação
Local de Nascimento: 
Seixal
Estado Civil: 
Casado
Nome do Cônjuge: 

Maria Amélia de Sousa

Data do Casamento: 
1880-05-29
Local do Casamento: 
Matosinhos
Filhos: 

Trajano Zink N. 188? F. 1924-07-21

Alexandre Zink N 9/4/1890

Octávio António De Sousa Zink N 1/5/1891 F. 8/8/1986

Corina Zink N 5/12/1892 F. 25/11/1905

Décio Zink N 17/8/1894 F. 23/12/1948

Irene Zink N. 24/8/1898 F. 25/6/1981

Data de Falecimento: 
1928-07-06
Local de Falecimento: 
Soure
Informação Pessoal: 

Biografia

Observações: 
Um dos fundadores da 1ª cooperativa da Mina em 1888
Assento de Nascimento: 
Assento de Casamento: 
Empresa: 
Mason and Barry, Ltd.
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Profissão / Categoria: 
Escriturário
Local de Trabalho: 
Mina de S. Domingos
Notas adicionais: 

"Os directores da Companhia contrataram um escriturário das Minas de S. Domingos, concelho de Mértola, chamado João Zink, para a organização e administração da actividade fabril de Soure João Zink foi encarregado, em Janeiro de 1890, de visitar a Inglaterra para se inteirar do desenvolvimento das fabricas britânicas e "engajar" mestres para as diversas secções fabris."

https://www.paleao.net/p_fabhist.htm
n CUSTÓDIO, Jorge, A Máquina a Vapor de Soure. Fundação Belmiro de Azevedo, 1998

A descoberta arqueológica feita nas minas em que o João Zink teve alguma participação e foi publicada na revista Archeologica em 1887:

AMULETO ROMANO

Na mina de S. Domingos, próximo de Mértola, encontrou-se, quando começou o desmonte a céu aberto, um curioso amuleto, de que me deu noticia o meu amigo sr. João Zink.

Este amuleto, evidentemente de fabrica romana, e que, segundo parece dever deduzir-se das suas dimensões, era destinado talvez para uso de animaes domésticos, como com outros talismans ainda hoje se pratica, pela sua forma geral e pelas partes que o constituem torna-se grandemente notável e sugere varias considerações. As partes de que se compõe são: uma íiga e um phallus, oppostos entre si, outro phallus pendendo naturalmente sobre o scroto, e uma argola na parte superior.

Parece á primeira vista um tiiplice amuleto; mas examinando-o attentamente e refleclindo na disposição relativa das suas partes, chega-se ao convencimento de que muitos talismans quiz alli representar o fabricante, por meio da combinação d'aquelles que ficam indicados.
São muito diversos os talismans que desde as mais remotas edades se empregam como meio de defesa contra extranhas influencias.
Distinguem- se entre elles o sig/w-saimão (signum Salomonis) ; a cniz; a argola; o corno de boi e o de carneiro; a nwia-laa, a mão, a folha de trevo, a espada (estes se encontram entre os dixes ou crepundia dos romanos) ; etc.

No amuleto, que forma o objecto d'este artigo, predominam os talismans buscados no culto phallico, de que tantos vestígios ainda hoje abundam por Ioda a parte, e de que tantos restam no nosso paiz, taes como os marcos, frades, ou picotas, os pães de S. Gonçalo (claramente designados em Guimarães pelo nome vulgar dos orches), as figas. xVlli

«Estes textos do século vi — diz o sábio epigraphista — são muito curiosos; o presente tem o mérito de dar pela primeira vez, segundo parece, a abreviatura p rb S (por prb ou p r s B T), equivalente a prrsbfj.terus por preshyler, que é a forma regular. Mas presbj/tenis é o antecedente, em baixo latim, de presbytero, que é a forma da palavra nas línguas românicas.»

Esta inscrição é uma das mais antigas que, da época christã, se têm encontrado em Portugal.

Do fac-simile, que se vê na estampa ix, reproduzido duma photographia devida á obsequiosidade do sr. João Zink, residente perto de Mértola, verá o leitor a forma e disposição dos caracteres da inscripção, que a composição typographica não poude reproduzir-

Borges de Figueiredo
64 REVISTA ARCHEOLOGICA

INSCRIPÇÃO CHRISTÃ DESCOBERTA EM MERTOLA

O meu illustre amigo o sr. Prof. Iliibner, que já se dignou honrar as paginas desta Revista, communicou-me ha pouco uma inscripção que um amigo lhe enviara de Mértola. Esta inscripção, até hoje inédita, está esculpida numa lapide de mármore, ait. {""jáO, larg. 0'",48.
(o texto entre duas pilastras)

P SIMPLICIVS SÍ777plichis I pr{es)b{yteru)s fainii \ lus
p p T) c A "p A M V ^^' vixit I an{i20s) LVIIII \ requievit in \
ç^ , „ pace d{omi)ni die \ VIII kal{eijdas) se-
ATv-rj.xTTTTTT^ ptci}! 1 òfes evã I DLXXV.
SRKyVliiVliiiN Q presbytero Simplício, servo de Deus,
rACii UlNivJJ viveu cincoenta e cinco annos. Descançou
VIII KAL SEPTEM na paz do Senhor a 25 de agosto de 537.

B R E S * E R A era 575

dLXXV * p. C. 537

«Estes textos do século vi — diz o sábio epigraphista — são muitovcuriosos; o presente tem o mérito de dar pela primeira vez, segundo parece, a abreviatura p rb S (por prb ou p r s B T), equivalente a prrsbfj.terus por preshyler, que é a forma regular. Mas presbj/tenis é o antecedente, em baixo latim, de presbytero, que é a forma da palavra nas línguas românicas.»

Esta inscrijição é uma das mais antigas que, da época christã, se têm encontrado em Portugal.

Do fac-simile, que se vê na estampa ix, reproduzido duma photographia devida á obsequiosidade do sr. João Zink, residente perto de Mértola, verá o leitor a forma e disposição dos caracteres da inscripção, que a composição typographica não poude reproduzir-

Borges de Figueiredo